QUE EVANGELHO NÓS
TEMOS VIVIDO?
Que evangelho nós temos vivido?”A pergunta pode
parecer estranha. Mas, ao contrário, a pergunta já tinha lugar no início da
igreja de Cristo, a ponto de levar Paulo a escrever uma carta de advertência
aos cristãos da jovem igreja da Galácia.
(Más ainda que nós mesmos, ou anjos do céu anuncie outro evangélho, além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Gálatas 1.1-8)
Entrai pois, firmes na liberdade na qual Cristo nos libertou, e não tornei-vos debaixo do julgo da servidão. Eis que eu Paulo, vos digo que se vos deixar circuncidar, Cristo de nada vos aproveitará. E de novo protesto a todo homem que se deixar circuncidar, que está obrigado a guardar a lei. Separado estão de Cristo, vós que se justificam pela lei, da graça tendes caído. Gálatas 5. 1-4)
Vemos, na primeira leitura, que Paulo condena o que
chama de “outro evangelho”. Se o apóstolo condena é porque ele é falso.
O propósito da carta era combater os
"judaizantes" (judeus que afirmavam que os gentios para serem salvos,
tinham que ser circuncidados e guardar todas as leis de Moisés).
Aqueles falsos mestres insistiam que a guarda
das cerimônias da lei era parte essencial do plano de salvação. A epístola
defende a doutrina da justificação pela fé e avisa os cristãos para não
voltarem ao judaísmo. O principal argumento de Paulo é a defesa da liberdade
cristã.
Se nos esforçamos em praticar os ensinos de Jesus,
se nos vestimos com decência, fugimos de toda a sorte de imoralidade,
procuramos ser freqüentes na igreja, se procuramos dar bom testemunho; tudo
fazemos por gratidão e amor, nunca por medo de maldições ou ameaças!
Infelizmente,
existe hoje o falso evangelho legalista ou farisaico. O “evangelho do não
pode”, uma doutrina de fariseu, legalista, no qual a salvação é conquistada com
as obras, no qual as pessoas são obrigadas a fazer isso ou aquilo sob ameaça de
perderem a salvação.
O legalismo nasce de um desejo de controle sobre o
outro. Uma comunidade legalista gosta de controlar a vida de seus componentes
em tudo: aparência, corte de cabelo, lugares que freqüenta, roupa que compra,
amigos com quem anda, música que ouve, bebidas e comidas que consome. TUDO.
O legalista não
suporta a idéia da liberdade, que é a essência da Graça e da relação de Deus
conosco. Somos livres para amá-lo ou para abandoná-lo. Isto é evidente na
Parábola do Filho Pródigo Lc. 15.11 em diante. Jesus não quer ninguém que o siga porque
foi forçado a fazê-lo por medo de maldição ou de ameaça.
Ele deseja que
homens e mulheres o sigam porque desejam fazê-lo, porque livremente querem
segui-lo. E também nos livrou na maldição da lei, que consistia em ordenanças,
para que, livres de dogmas e muitos regramentos impossíveis de cumprir,
tivéssemos um relacionamento baseado na liberdade e na graça.
Paulo escreveu que a doutrina de homens
perece pelo uso. Querem ver? Vamos ler Colossenses 2: 20-23. Vamos dar um bom
exemplo disso: nos anos cinqüenta, todos os homens crentes tinham de usar chapéu para
serem salvos, porque esta era a “doutrina de algumas igrejas”. Quantos foram
excluídos porque não queriam usar chapéu e, entristecidos, desviaram para o
mundo e podem ter morrido sem salvação?
Hoje, nenhum cristão, de qualquer igreja, usa
chapéu. Será que Deus mudou de idéia? Não, Deus nunca mudou de idéia. O Homem,
sim. Hoje, nenhuma igreja cristã exige que seus membros usem chapéu, porque
esta Doutrina dos Homens pereceu pelo uso.
Por este exemplo, pode-se ver que a Doutrina dos Homens não salva, mas
é capaz de mandar para o inferno. Pobres daqueles que pensam que, para serem
salvos, têm que andar na “Doutrina”, pois estarão servindo mais aos homens e
não a Deus.
O Senhor não aceita sacrifício sem obediência por
amor. Este falso evangelho legalista tem afastado muitos crentes dos caminhos
do Senhor! Ao invés de ensinarmos amar a Deus acima de tudo ensinamos que não
se pode isso, não se pode aquilo, senão Deus vai castigar! Isso é terrível!
O verdadeiro evangelho é “boa nova” e não ameaça. O
pior é que o legalismo produz religiosos inflados de orgulho, cheios de si, que
se acham superiores e mais espirituais que os outros crentes. O verdadeiro
cristão não é assim.
O verdadeiro cristão tem os ensinamentos de Jesus
como roteiro de vida, tem o coração cheio de amor, socorre os necessitados de
alimento material e espiritual, está sempre disposto a perdoar e esquecer as
ofensas recebidas. Eis aí resumidamente alguns princípios do verdadeiro
evangelho.
Mais solene então seguem as palavras do próprio
Senhor Jesus: “Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sereis se as
praticardes” (João 13.17)
Evandro Queiroz
2 comentários:
Amados, essa mensagem tem duplo sentido, então vamos entender os dois sentidos da mensagem.
1º se entendermos errado: podemos nos embriagar, podemos ouvir música do mundo, podemos ir em boites, ficar, transar com quem quisermos, que ninguém pode falar nada porque Cristo nos libertou da maldição da lei, podemos cometer qualquer tipo de pecado que Cristo nos libertou da condenação. Isso seria um forma errada de interpretação do texto. Não podemos esquecer que: Cristo nos libertou mas nos deixou mandamentos(se me amardes e obedecer os meus mandamentos, nisto sereis conhecidos como meus discípulos)Lembra de 1ª Coríntios 6. 8-10?, 1ª João 5. 18 diz:(aquele que é nascido de Deus não vive no pecado)ou quem vive pecando nunca viu a Deus. Uma outra situação é que o nosso pastor e nosso púlpito prega contra as obras da carne, então se um membro da igreja estiver vivendo ao contrário do que está sendo ministrado, cai na própria mensagem pregada. Já pensou um visitante entra na igreja e ouve o pregador pregando para quem se embriague? Dai ele olha ao lado e lembra que se encontra com alguns membros da nossa igreja nos botecos e danceteria. Como fica? O pastor é mentiroso? Devemos viver verdadeiramente para Cristo e nos desapegar das obras da carne.
2ª interpretação, que pra mim é a correta: Não devemos seguir a Cristo como se isso fosse um fardo, (não posso fazer isso, ou aquilo)e sim por amor, como diz o irmão na mensagem acima, devemos servi-lo voluntariamente, e não por obrigação, apesar de ser Cristo nosso Senhor.
O texto resultou de pesquisas que fiz na internet. Não vejo nele apologia de vida cristã desregrada. O objetivo é alertar os crentes para que não se tornem escravos de doutrinas de homens, ou do "evangelho do não pode".Estas doutrinas são fáceis de ser identificadas, pois perecem com o uso, conforme foi demonstrado.
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